sexta-feira, 27 de outubro de 2017

500 ANOS DE REFORMA



Por Marcus Vinícius
No próximo dia 31 serão comemorados, em todo o mundo, 500 anos da Reforma Protestante.  Quero aqui expor minha opinião a respeito da reforma religiosa necessária nos dias de hoje.
Sabe-se que foi no dia 31 de outubro de 1517 que o monge agostiniano Martinho Lutero afixou suas 95 teses na porta da igreja do castelo de Wittemberg. Tal fato assinalou o início da Reforma Protestante e, teve êxito porque antes dele (Lutero), muitos na Europa nutriam e propagavam uma grande insatisfação para com a Igreja opressora da época.
As teses eram 95 frases curtas que chamavam as pessoas para uma discussão, e propunha uma volta ao cristianismo bíblico. Lutero não queria deixar a Igreja Católica, queria somente que a mesma deixasse de se gananciosa e opressora, e não tendo conseguindo a desejada reforma interna, saiu dela e definiu as bases do protestantismo nas cinco Solas: "Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Soli Deo Gloria".
A crise eclesiástica de hoje é bem maior que que aquela do século 16, de Martinho Lutero. Lá era a venda das indulgências, das relíquias e a ostentação do clero. Agora temos Teologia da prosperidade, da libertação, da esperança, ...  Grupos Neopentecostais, pentecostais e até as igrejas ditas históricas, tornaram-se grandes empresas luxuosas, lugares de entretenimentos e encontros dominicais.
Pastores e líderes religiosos que decretaram a escravidão das ovelhas, ovelhas não tem o direito de pensar porque são escravizadas. Estão para obedecer cegamente e enriquecer seus líderes, não se ensina as ovelhas a pensar.
A maioria dos Líderes portam se como lacaios e com covardia na prática pastoral, estendendo as mãos para abençoar corruptos e indignos. Tornaram-se executivos da fé, milionários, gananciosos e aproveitadores da boas fé pública.  Muitos, como eu, não aguentam mais presenciar, escutar e ver uma igreja de barganhas e conivente com o pecado, cheia de religião, pobre de boas obras e sem Jesus.
Hoje, tendo passado 500 anos, percebo que uma nova reforma, nos moldes da de Lutero não resolverá a crise que vive a Igreja. Se reformar é dar novas formas as formas já existente, então não acredito em REFORMA alguma nas igrejas, que são meras construções humanas. Acredito é no poder do evangelho, em Jesus Cristo para reformar e restaurar o que foi estragado pelo homem
Quero então, sugerir uma tese para a desejada reforma: O evangelho.
Que cada evangélico deixe-se contaminar pelo o evangelho de Deus, que cada um carregue a qualidade e o conteúdo do evangelho. Que todos tenham o saber e a consciência do que é o evangelho.
Somente assim, iremos implodir a estrutura de pecado que permeia o Brasil e por extensão, a nossa querida Parnaíba.
Abraço,
Frater et Peccator

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

VAIDADE PASTORAL



Por Marcus Vinícius
                A História da cristandade não foi construída pelos que se arrogam ser alguma coisa, mas por homens e mulheres de Deus que a si mesmos se humilharam diante da Majestade, Sublimidade, Grandeza e Soberania de Deus. Toda vez que faço uma leitura da vida de Jesus vejo-o como uma Pessoa totalmente despida de si mesma, abnegada e focada na missão que recebeu do Pai.
              Os Profetas do AT, homens de Deus, eram muito conscientes de sua própria fraqueza. Destacamos Elias, Eliseu, Micaías, ... Já no limiar entre o AT e o NT, vemos João Batista que foi designado para preparar o caminho do Redentor sendo intrépido em seu curto ministério, não se acovardando diante da imoralidade de Herodes Antipas. No NT vemos Pedro, Paulo e tantos outros na mesma práxis. Todo eles foram homens intrépidos, ousados, mas humildes em sua expressão, no exercício dos seus respectivos ministérios e missão. Porque tinham consciência de quem eram e de que fora Deus que os havia chamados. A concepção de mim mesmo sempre será na medida em que tenho a convicção de quem é Deus, ou seja, o entendimento da Pessoa de Deus determina a minha pessoa.
           Vejo que o propósito de muitos líderes tem sido a autopromoção. É impressionante o número de pastores que se autopromovem, colocam fotos na entrada do templo, apreciam o elogio, a tietagem e até se oferecem para pregar. Criam “ilustrações” exóticas e mentirosas. Gostam dos holofotes, de estarem no auge, querem ser bajulados e considerados semideuses. A nossa natureza humana gosta destas coisas. Esta é a síndrome adâmica. Lamento e muito, o aumento de obreiros, arrogantes, vaidosos e tomados de uma filosofia de autopromoção que me faz sentir desprezo.
               Sabemos que dentro do homem a um coração ganancioso cujo intento é sempre possuir e possuir. (Coisas, fama, trono, pódio, admiração, glória pessoal). O Senhor Jesus referiu-se a essa tirania das coisas quando disse aos Seus discípulos: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo ...” (Mt 16:24,25).
 Não duvido de que esse apego possessivo às coisas seja um dos hábitos mais danosos da vida, por ser ele tão natural e generalizado.  Como também seus efeitos, que são trágicos e maculam a mensagem do verdadeiro evangelho.
Bem aventurados os humildes de espírito porque deles é o Reino dos céus” (Mt 5.3)
Que o Senhor cresça e que diminua eu!
Abraço fraterno.