quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Apocalipse: refletindo sobre o milênio


Por Marcus Vinícius.

O diabo será amarrado por mil anos ?
Apocalipse 20: 1- 6. Pontos a considerar:
1.    A prisão de satanás, o abismo, a chave, a corrente e o selo são simbólicos – pois coisas materiais deste mundo não prendem seres espirituais.
2.    Os mil anos também são simbólicos – como se dá com muitos dos números que aparecem no livro de apocalipse, caracterizado por muito simbolismo. O que se pode dizer é que os mil anos representam um longo período de tempo que culminará com a consumação dos séculos.
3.    Quer se entenda o milênio como mil anos literais quer não, a prisão de satanás dá-se durante esse período, como se vê no texto bíblico citado. vv.2 vemos que o anjo prendeu satanás “por mil anos”, o vv.3 mostra que essa prisão é para que satanás não engane mais as nações, “até se completarem os mil anos”, isto é, até se completarem os mil anos referido no vv.2.
4.    O vv. 4 fala do reino milenar de Cristo. O vv. 7 mostra claramente que o período milenar do reino de Cristo é o mesmo período milenar da prisão de satanás.
Por enquanto (antes do milênio) nós estamos vivendo sob o ministério do espírito santo. E até lá (até a “instalação” do milênio) teremos que conviver com o diabo, inimigo de deus mas anjos decaídos, ainda sob as ordens dos decretos permissivos de deus. Certo?
Se o cristão aceita que o milênio, o reino messiânico de Cristo, ainda está no futuro, a resposta será sim.
Se o cristão entender que o reinado messiânico não ocorrerá somente depois de uma 1ª vinda do Cristo ressurreto, mas, inexiste nos termos literais com muitos crêem, e se refere ao reinado atual e espiritual de Cristo, introduzido quando do seu ministério terreno ocorrido há mais de 2 mil anos, a resposta é não.
Segundo esta última maneira de entender, Cristo, quando veio, iniciou os “últimos tempos”, e os mil anos de seu reinado significam o domínio de cristo nos corações dos seus. Principalmente após haver ele consumado a sua obra na morte de cruz e na ressurreição gloriosa (CF. por exemplo Mc. 1:15 e paralelas: Lc. 19:38, Jo. 12: 12-15, Lc. 17:20,21 Jo. 3:3,5; 18:36,37).
Segundo este modo de entender, satanás estaria preso desde a consumação da obra redentora de Deus em Cristo até perto de sua vinda, no fim dos tempos (até a grande tribulação).
Durante este período simbolicamente milenar, transcorre a vida e a obra da igreja. E, embora preso, satanás não está inativo. Ele conta com exércitos de anjos maus (demônios), e conta com a tremenda força do pecado em nós. Ademais, a referência à sua prisão em Ap. 20 não deve ser entendida em termos absolutos, como nos lembram bons estudiosos da Bíblia. George Ladd, por exemplo, comentando Ap. 20:1 diz: “na presente passagem satanás é amarrado e preso no abismo. Certamente isto é linguagem simbólica, descrevendo uma redução radical no poder e na atividade de satanás”.
Assim, os cristãos estão livres de uma ação totalmente destruidora de satanás. Mas temos que manter-nos em luta contra o seu poder, contra o poder dos demônios e contra as ciladas do pecado e do homem velho dentro de nós.

Abraços e até a próxima.

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